Boletim CCBJ

 A CCBJ envia regularmente o boletim eletrônico aos associados. Na edição de fevereiro, o artigo foi escrito Ryo Tsukamoto. Ele é do setor de Business Planning Research Section, do JBIC (Japan Bank for International Cooperation). Tsukamoto fez análise da 34ª Pesquisa sobre Investimentos Estrangeiros Diretos da Indústria Japonesa em 2022.

 

Relatório da pesquisa sobre atividades comerciais das empresas japonesas do setor manufatureiro no exterior

 

Resultado da 34ª Pesquisa sobre Investimentos Estrangeiros Diretos da Indústria Japonesa em 2022

 

Por Ryo Tsukamoto

Business Planning Research Section

JBIC (Japan Bank for International Cooperation)

  

O Japan Bank for International Cooperation (JBIC) apresentou o relatório da pesquisa sobre atividades comerciais das empresas japonesas do setor manufatureiro no exterior. Para o levantamento deste ano fiscal, enviamos questionários para 946 companhias, das quais 531 responderam, o que representa uma taxa de resposta de 56,1%. Agradecemos a cooperação das empresas que colaboraram com a nossa pesquisa.  

 Entre as empresas que responderam, 50 mantinham sedes de produção no Brasil. Os principais ramos de atividades delas eram os setores automobilístico (12 empresas), químico (12 empresas) e de eletroeletrônicos (5 empresas). Havia 59 empresas que possuíam pontos de venda no Brasil, sendo que 13 delas eram fabricantes de máquinas em geral, e 10, de eletroeletrônicos. Diferentemente do que se observa na China e nos países membros da Asean, as empresas japonesas no Brasil possuem mais pontos de venda do que sedes de produção.

 Ranking Empresas Votos(%) 2022 ← 2021 País/região 2022 2021 2022 2021 (Total) 367 345 1 2 India 148 131 40.3 38.0 2 1 China 136 162 37.1 47.0 3 - 3 EUA 118 113 32.2 32.8 4 - 4 Vietnã 106 105 28.9 30.4 5 - 5 Tailândia 85 77 23.2 22.3 6 - 6 Indonésia 77 67 21.0 19.4 7 9 Malásia 31 27 8.4 7.8 8 7 Filipinas 28 31 7.6 9.0 9 8 México 27 30 7.4 8.7 10 - 10 Taiwan 23 19 6.3 5.5 11 - 11 Alemanha 21 17 5.7 4.9 12 - 12 Coreia 17 16 4.6 4.6 13 - 13 Brasil 15 13 4.1 3.8 14 - 14 Austrália 13 12 3.5 3.5 15 14 Cingapura 12 12 3.3 3.5 16 16 Bangladesha 10 10 2.7 2.9 17 24 Reino Unido 10 4 2.7 1.2 18 16 Turquia 9 10 2.5 2.9 19 21 França 8 6 2.2 1.7 20 21 Camboja 7 6 1.9 1.7



 

 

O gráfico 1 mostra o resultado da votação na qual as empresas escolheram os cinco países ou regiões que consideram mais promissores para investimentos de médio prazo.

No levantamento deste ano fiscal, a Índia desbancou a China para retomar o primeiro lugar do ranking pela primeira vez em três anos desde 2019, adquirindo 2,3 pontos a mais. A China sofreu uma queda de 9,9 pontos e caiu para o segundo lugar. Enquanto a Índia, que já se recuperou economicamente da pandemia, passou a ser vista como um mercado promissor com potencial para crescimento, a China teria perdido pontos devido à crise econômica causada pela política zero covid” e à crescente tensão contra os EUA.

 

グループ化 1

 

 

グループ化 1

 

 

 

 

 

Os EUA se mantiveram na terceira posição, recebendo uma boa avaliação das empresas como nas edições anteriores. Embora seja um país desenvolvido e maduro, os EUA vêm ganhando cada vez mais votos nesse ranking dos países promissores desde 2019, por causa do potencial de crescimento de seu mercado gigantesco. Por outro lado, ainda devemos acompanhar com atenção o rumo desse mercado, já que várias empresas citaram como um desafio o aumento de custos com a mão de obra provocado pela rápida inflação.

 

O Brasil ficou em 13º lugar, mantendo a mesma posição atingida no levantamento anterior, com 4,1% de votos (0,3 ponto percentual acima do resultado anterior). Entre os principais motivos para considerar o Brasil como um país promissor, o mais votado foi  “potencial de crescimento do mercado(86,7%), seguido por tamanho atual do mercado(53,3%), o que mostra uma firme expectativa dos investidores em relação ao grande potencial do mercado brasileiro (gráfico 2). Quanto às dificuldades enfrentadas no Brasil, o item mais votado foi falta de transparência na aplicação da legislação” (46,7%), seguido por complexidade do sistema fiscal(40,0%) e falta de transparência da política fiscal(40,0%), indicando que os desafios institucionais formam a principal barreira (gráfico 3).

 

Enquanto os problemas de governança permanecem, o Brasil tem mostrado sinais de recuperação gradativa da estagnação econômica provocada pela pandemia. Além disso, o Congresso Nacional parece reconhecer aos poucos a necessidade de reforma do sistema tributário, que era vista como um empecilho. A fim de destravar o alto potencial do mercado brasileiro, espera-se que sejam implementadas políticas concretas, inclusive para lidar com os novos desafios como o aumento dos custos com matéria-prima e mão-de-obra.

 

Resultado completo da pesquisa:

https://www.jbic.go.jp/ja/information/press/press-2022/1216-017128.html

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