Economia

Aspectos Geoeconômicos

A economia japonesa, nos últimos anos, vem lutando para manter-se estável e competitiva, apesar do baixo interesse político e resistência aos estímulos governamentais. Em 2001, caracterizou-se pela estagnação que conjugou o abrandamento do ritmo das exportações e da demanda de consumo. O enfraquecimento global no setor de tecnologia reprimiu a procura de bens de alto valor agregado e a atividade corporativa continua nivelada. Além disso, há evidências, não muito animadoras, que o setor de consumo doméstico possui a chave para uma recuperação autosustentável, mas não a utiliza. Espera-se que a economia japonesa tenha um crescimento moderado a médio prazo, pois está sendo colocada em prática uma política para enfrentar os desafios estruturais do país.

Comércio Exterior

O Japão é a segunda potência mundial, membro do G-8 e um dos maiores investidores do mundo. Também é um dos maiores credores, e uma das maiores fontes de capital e investimento mundial.
Apesar disso, ainda falta trilhar um longo caminho para sua internacionalização. É necessário maior integração de sua economia com outras economias, abertura de seu mercado para fornecedores estrangeiros e retirada de barreiras protecionistas. Isso já está ocorrendo vendo-se as reformas em ação. Enquanto a economia japonesa vai saindo da recessão, a postura é de enfrentar os desafios políticos e socias.

Características de Mercado

O setor mais importante da economia japonesa é a indústria, porém depende fortemente das importações de matérias-primas. O setor agrícola apresenta uma das maiores taxas de colheita do mundo e é altamente subsidiado.
Segundo análise da Japan External Trade Organization – JETRO, as principais características do mercado japonês são:
– alta competitividade
– avançado estágio de desenvolvimento
– qualidade dos produtos
– cumprimento dos prazos de entrega
Para inserção no mercado japonês, o exportador deverá, em primeiro lugar, verificar se o seu produto está adaptado ao consumidor, com preço e qualidade competitivos. É necessário pesquisar o melhor método para comercializar seus produtos, realizando análise das atividades da concorrência e da porção do mercado adequado para seu produto, analisando também os segmentos que podem ser atendidos, os descontos e margens de lucros a serem concedidos aos varejistas e atacadistas. É essencial garantir que sua produção seguirá uma política de preços compatível.
Canais de Distribuição:
– Venda direta aos varejistas: os produtos adquiridos diretamente do fabricante no Brasil proporcionam redução no custo, o que facilita também o ingresso, sem muito dispêndio financeiro, no mercado japonês.
– Divulgação dos produtos em catálogos e revistas: o consumidor adquire os produtos divulgados diretamente do fornecedor, sem intermediários e consequente redução de custo.
– Venda realizada pelo importador ou atacadista no Japão.
– Acordos com empresas no Japão, que têm redes próprias de distribuição: tornam mais fáceis a colocação de produtos fabricados no Brasil.
– Estabelecimento de um escritório local: falicita a verificação do trabalho do distribuidor japonês e da aceitação do produto.
– Estabelecimento de uma filial de vendas: apesar da desvantagem do alto custo de manutenção, facilita o controle do andamento dos negócios.

FONTE: Comércio Exterior Informe – BB no. 44