Boletim CCBJ

A CCBJ envia boletim eletrônico para associados mensalmente. Na edição de maio, o artigo foi escrito pela empresária Marcia Guimarães. Ela é diretora-presidente da Taiyo Corporation.

Marcia analisou como as empresas foram analisadas por diferentes gerações e como isso acontece atualmente por causa das informações online.

 

Um mundo melhor para todos

Por Marcia Guimarães

Diretora-presidente da Taiyo Corporation

 

Atualmente, há uma sensação de ansiedade o tempo todo, muitas novidades tecnológicas, mudanças de comportamento, estamos reaprendendo, reconstruindo sempre, em intervalos mais curtos.

Interessante notar que indivíduos das mais diversas gerações estão cada vez mais convivendo mutualmente no ambiente laboral, social. Salvo algumas divergências entre as divisões e características dessas gerações, não é incomum as gerações Baby Boomers, X, Y ou Millennial, Z e Alpha coabitarem os ambientes de trabalho, gerando um desafio para as empresas na integração e administração de conflitos dessas gerações.

Baby Boomers são aqueles nascidos no pós-guerra, entre 1946 e 1964; Geração X, de 1965 a 1980, um período turbulento das décadas da reconstrução da Europa; Geração Y ou Millennial, conhecido por muitos como uma geração um tanto “mimada” pela sociedade; a seguir Z e Alpha, que nasceram em pleno uso da internet e seus meios digitais. Cada geração possui valores, modos e objetivos diferentes. Hoje não podemos mais fixar geração somente por idade, mas sim pela capacidade de interação com as novidades que surgem de tempos em tempos, em intervalos mais curtos.

As gerações antigamente eram formadas a cada 25 anos. Nos dias de hoje, alguns especialistas apontam que novas classes genealógicas surgem a cada 10 anos. Na Revolução Industrial, uma parte da história que trouxe mudanças sociais e de consumo, levou um certo tempo para a divulgação entre povos e indivíduos, bem como sua adaptação e acessibilidade.

Hoje em dia, surgem novidades o tempo todo e a divulgação é quase instantânea. A adaptação e a acessibilidade também pedem que sejam rápidas.

As empresas estão diante de novos desafios, equalizar seu quadro de colaboradores pelo qual as pessoas se aposentam mais tarde e os jovens ingressam mais cedo. São diferentes gerações, trabalhando juntas com ideias e características diferentes, a velocidade das novas tecnologias, novidades de produtos, mudança de hábito, etc.

A classificação do valor de uma empresa vem sofrendo mudanças. Antes, as empresas eram medidas pelo faturamento, histórico, ativos, etc. Eram os valores tangíveis que mensuravam a empresa. Nos tempos hodiernos, as empresas são avaliadas pelo que ainda podem oferecer no futuro, qual é o seu propósito e sua contribuição para uma melhor sociedade:  Seu engajamento em proteger e respeitar o ser humano, cuidados com o meio ambiente. Portanto, são os valores intangíveis que valorizam desde as pequenas como as grandes empresas atualmente.

Com o advento  de Big Data, Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, cada vez mais alguns profissionais se extinguirão num futuro próximo. Para tanto, se faz necessária a recolocação desses profissionais de forma célere. Podemos citar uma experiência vivida por alguns de nós, haja vista que quando surgiram os primeiros computadores pessoais, diziam-se que os datilógrafos seriam substituídos e realmente foram, contudo houve tempo hábil para sua readaptação e recolocação no mercado de trabalho.

Os desafios, atualmente, são o de atender as distintas necessidades das gerações que atuam conjuntamente: consumidores, funcionários, sociedade, os chamados stakeholders.

Acompanhar o impacto das contínuas inovações tecnológicas, comportamento social e de consumo, gestão de negócios e ciclos cada vez mais curtos são grandes desafios do momento.

Até então, o valor de uma empresa atendia mais as necessidades dos shareholders, os acionistas ou investidores de uma organização empresarial. Atualmente, o valor de uma empresa é definido mais pelos stakeholders, consumidores, funcionários e sociedade.

No modelo contemporâneo, a imagem de mercado, a marca, o propósito, o impacto nos stakeholders e no ambiente, o valor da empresa está ligado ao que se espera do futuro, muito mais do que suas realizações passadas.

Com toda essa dinâmica inovadora que nos faz reaprender, reconstruir nossos conceitos, retrocedemos ,no entanto, no caminho de uma sociedade harmônica com disputas de classes, com conflitos e beligerância sobre territórios, onde o forte domina o fraco.

Que nós possamos melhorar, criar, renovar, reconstruir sem agredir e sem o uso da força, que tenhamos lideranças que saibam negociar e administrar conflitos de forma apaziguadora.

Uma liderança composta por elementos de diferentes interesses que dão respostas adequadas a cada demanda.

Saber articular o diferente é a sabedoria essencial para esta época.

Um mundo onde a inteligência emocional possua seu espaço, com propósitos de um mundo melhor para todos.

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