Comércio

Intercâmbio Comercial Brasil X Japão

Há mais de um século, Brasil e Japão mantém tradicional parceria em variados setores. As relações diplomáticas nipo-brasileiras foram estabelecidas em 1895 com a assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação. Na época, foram feitas sondagens quanto ao assentamento de migrantes japoneses nas lavouras brasileiras. Os primeiros imigrantes chegaram em 1908. O fluxo maior foi entre 1925 a 1935, quando desembarcaram cerca de 139 mil imigrantes. E no pós-guerra, no período de 1956 a 1965, chegaram mais 47 mil japoneses. Descendentes desse contingente, estima-se que há mais de 1,3 milhão de pessoas de origem japonesa, o maior fora do Japão. Os japoneses e seus familiares que, antes dedicavam-se à agricultura, agora estão em várias atividades.

Um fenômeno inverso iniciou-se em 1985, quando os primeiros trabalhadores, de origem nipônica foram prestar serviços no Japão, época do boom econômico naquele país. Hoje, calcula-se que são mais de 250 mil brasileiros, denominados “dekasseguis” que estão executando tarefas pesadas na indústria japonesa. O rendimento pelo trabalho prestado, cerca de um bilhão de dólares está sendo enviado anualmente para o Brasil.

Apesar do fluxo constante de imigrantes japoneses para o Brasil até meados dos anos 80, exceto no período da II Guerra, as relações comerciais só tiveram relativo crescimento a partir de 1949, quando aqui aportou a primeira missão comercial em busca de oportunidades para investimentos diretos. A expansão efetiva do comércio entre os dois países começou em 1955 com a instalação de escritórios de tradingsjaponesas em várias cidades do País.

As exportações para o Japão representam 3,48% do total das exportações brasileiras em 2002, configurando-se como o sétimo comprador mundial. A maior participação brasileira nas importações do Japão foi de 6,7%, em 1998.

De todas as compras brasileiras no exterior, cerca de 4,97% são originárias do Japão, que é o quarto fornecedor de bens para o País. As exportações nipônicas para o Brasil constam de bens com alto valor agregado em tecnologia para uso na indústria.

O comércio bilateral, mostrou mais consistência e volume, a partir de 1955 quando as tradings japonesas começaram a se expandir para o mundo e em especial para o Brasil, com abertura de escritórios, principalmente em São Paulo.
FONTE: Comércio Exterior Informe – BB no. 44