Boletim CCBJ

COP30

A Câmara de Comércio Brasileira no Japão (CCBJ) envia boletim eletrônico aos associados mensalmente.

Na edição de dezembro, o artigo foi sobre a COP30 realizada no Brasil, em novembro. O evento reuniu representantes de diversos países e discutiu as ações para as mudanças de clima.

COP 30 conclama mutirão global contra a mudança do clima

Primeira reunião multilateral sobre clima realizada na Amazônia, a COP 30 reuniu em Belém (PA), de 10 a 22 de novembro de 2025, representantes de 194 países. Por consenso, foram aprovadas 29 decisões, com destaque para o compromisso de triplicar o financiamento destinado à adaptação, demanda histórica dos países mais vulneráveis.

A COP 30 lançou um apelo histórico à comunidade internacional para unir esforços em ampla mobilização global contra a mudança do clima, inaugurando uma nova etapa para o regime climático multilateral: a transição formal da negociação para a implementação.

Ao celebrar o décimo aniversário do Acordo de Paris, a COP 30 reafirmou o compromisso coletivo com seus objetivos e formalizou uma transição de três décadas marcadas por negociações complexas para uma fase orientada à implementação efetiva e à transformação estrutural das economias e das sociedades. Decisões formais asseguraram avanços no tratamento da questão de gênero, de indígenas e de afrodescendentes.

O embaixador André Corrêa do Lago, Presidente da COP30, enfatizou que o trabalho está apenas começando, já que o Brasil atuará como Presidente da COP até novembro de 2026. Ele reafirmou o compromisso do Brasil em avançar a ação climática, concentrando-se em três pilares principais da COP30: fortalecer o multilateralismo e o regime climático, conectar as iniciativas climáticas à vida diária das pessoas e acelerar a implementação do Acordo de Paris.

Em resposta à emergência climática, a COP 30 adotou um conjunto de iniciativas voltadas a acelerar a ação climática e fortalecer a cooperação internacional:

  • Acelerador Global de Implementação para mobilizar governos, sociedade civil e setor privado na aceleração da transição climática;
    • Triplicação do financiamento para adaptação, essencial para apoiar populações menos responsáveis pelas mudanças climáticas, mas mais afetadas pelos impactos da mudança do clima;
    • Mecanismo de Belém para a Transição Global Justa, instrumento inovador destinado a promover transições sustentáveis de forma justa, inclusiva e socialmente equilibrada;
    • Indicadores voluntários para monitoramento dos avanços em construção de resiliência, no âmbito do Objetivo Global de Adaptação;
    • Programa de Implementação Tecnológica (TIP), com cronograma e componentes para fortalecer a implementação de prioridades tecnológicas dos países em desenvolvimento;
    • Novo Plano de Ação sobre Gênero e Clima, com medidas para ampliar a participação e a liderança das mulheres na agenda climática.

No plano político, o Brasil liderou debate inédito sobre o futuro dos combustíveis fósseis. Embora não tenha sido alcançado consenso — com mais de 80 países defendendo linguagem explícita e número semelhante manifestando oposição —, a Presidência brasileira anunciou processos de iniciativa própria para a elaboração de dois roteiros para orientar os esforços de ação global:

  • Roteiro para a Transição dos Combustíveis Fósseis de maneira justa, equitativa e ordenada;
    • Roteiro para interromper e reverter o desmatamento.

Fonte: Governo Federal

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