As exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 20,3% em setembro, segundo mês após o tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). As vendas ao mercado americano somaram US$ 2,58 bilhões, ante US$ 3,23 bilhões no mesmo mês de 2024.
Apesar da queda, o Brasil registrou recorde histórico de exportações, de US$ 30,54 bilhões no mês, alta de 7,2% sobre setembro do ano passado. O avanço foi impulsionado pela diversificação de destinos, com destaque para Singapura (+133%), Índia (+124%), Bangladesh (+80%) e China (+15%).
O saldo da balança comercial com os EUA ficou negativo em US$ 1,77 bilhão, o nono déficit seguido e o maior do ano. No acumulado de 2025, as exportações brasileiras para o mercado americano recuaram 0,6%, enquanto as importações subiram 11,8%, totalizando déficit de US$ 5,1 bilhões.
Mesmo com o resultado adverso na relação bilateral, o Brasil manteve superávit global, ainda que reduzido, de US$ 2,99 bilhões, afetado pela compra de uma plataforma de petróleo de US$ 2,4 bilhões de Singapura.